A paisagem adormecia ao som duma tarde silenciosa e sem nuvens.
Ouvir o silêncio era um prazer para a alma e uma recordação longínqua dos mais efémeros prazeres intra-uterinos.
Nascer de novo para quê, o que poderia esperar da vida num mundo revolto e cada vez mais cheio de inconsequências para a própria esperança de viver?
O casulo enrolou-se sobre si próprio, rodopiou, espiralou e saiu pela tangente numa órbita autodestrutiva.
Liquefez se em galáxia e nessa forma continua a transmitir à terra fria que lhe subjaz todos os ardores dum cosmos em chamas.
Ouvir o silêncio era um prazer para a alma e uma recordação longínqua dos mais efémeros prazeres intra-uterinos.
Nascer de novo para quê, o que poderia esperar da vida num mundo revolto e cada vez mais cheio de inconsequências para a própria esperança de viver?
O casulo enrolou-se sobre si próprio, rodopiou, espiralou e saiu pela tangente numa órbita autodestrutiva.
Liquefez se em galáxia e nessa forma continua a transmitir à terra fria que lhe subjaz todos os ardores dum cosmos em chamas.
1 comentário:
Nas cartas que não me escreves
Oiço o teu silêncio !
No som das palavras que não me dizes,
Oiço o teu silêncio !
Nos quatro muros da minha ansiedade,
Oiço o teu silêncio !
Na solidão, no mar, na noite...
Oiço o teu silêncio !
Na minha alma é que não há silêncio !
Há palavras que eram tuas,
Amor que foi teu,
E há carícias e mil beijos,
Que foram teus e meus também.
E há recordações
Intactas,
Como se fora ontem,
Como se fora hoje e amanhã
E sempre !
E para além do sempre
E após o além do sempre,
Para lá da eternidade,
Eu te amarei !
E acaricio-te,
E beijo-te,
E tenho-te
Porque me sinto em ti
E tu em mim !
Mesmo no infinito
Eu te amarei !
Por isso, meu amor,
Em mim não pode haver silêncio !!!
"Manuel Alcobia"
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